Exportação de carne bovina em março deve superar fevereiro em volume e preços

A expectativa do mercado é que as exportações de carne bovina in natura deve superar o volume embarcado e preços negociados em fevereiro. Queda no preço do dólar não vai afetar o rendimento das exportações, já que o faturamento por tonelada em reais deve ser 10% maior que a média observada no mês anterior. 

Segundo o Sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, as medidas de contenção tomadas na Índia devem favorecer a exportação da carne brasileira. “A ìndia é um grande concorrente global de proteína em questão de preço  e com essa quarentena no País abre um espaço para o Brasil que continua produzindo alimentos com valores competitivos”, diz. 

O mercado chinês está voltando às compras com mais afinco e alguns frigoríficos brasileiros já estão se preparando para enviar o produto a potência Asiática. “Enquanto o mundo está entrando em quarentena, a China já está voltando a normalidade em que o número de casos de infectados pelo o coronavírus é baixo”, reforça.  

Os volumes de negócios ainda é pouco e as indústrias podem pagar valores maiores para compor as programações. “Estamos observando ofertas de preços balcão ao redor de R$ 195,00/@ no estado de São Paulo. O número de negócios ainda é bem pequeno já que as escalas de abate não evoluíram e estão estagnadas”, comenta. 

Com a chegada de condições climáticas menos favoráveis, os pecuaristas podem se sentir estimulados a comercializada a boiada. “A nossa visão é que a medida que a oferta de animais começar a ficar mais nítida possa ter uma correção nos preços da arroba, sendo que nos meses de maio e junho o produtor vende o animal gordo ou suplementa no pasto”, afirma. 

Com relação a carne no atacado, Coelho ressalta que os preços tem registrado uma ligeira valorização com valores próximos de R$ 13,24/kg no estado de São Paulo. “Os estoques estão enxutos e é possível que as indústrias venha repor o mais breve possível as gôndolas do atacado. Como a população fez um estoque é provável que não vai comprar alimentos tão cedo”, relata. 

Por:

 Aleksander Horta e Andressa Simão

Fonte:

 Notícias Agrícolas

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