O semiconfinamento está cada vez mais ganhando mais espaço na produção de boi gordo no País. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes desse sistema.
O sistema alia a alimentação mais barata que há na pecuária, o pasto, com uma ração turbinada e aditivos tecnológicos para ganhar mais peso e acelerar a terminação dos animais.
Quem falou sobre os detalhes do semiconfinamento foi o professor baiano de medicina veterinária e consultor de pecuária Guilherme Vieira. Ele esteve no estúdio do Giro do Boi nesta quarta-feira, 18.
O que é o semiconfinamento?
O sistema de semiconfinamento é uma alternativa para intensificar a terminação de bovinos de corte a pasto.
Trata-se de um sistema de terminação de bovinos a pasto com apoio de uma suplementação nutricional.
“Criar o boi a pasto é sensacional, mas temos o boi mudou e ainda temos novas tecnologias para melhorar o desempenho dos animais”, diz Vieira.
Essa suplementação pode ser, ora com mais concentração de proteína, nos estágios iniciais, ora com concentração de energia, para a engorda dos animais.
Estratégia de baratear a engorda de bovinos
A ferramenta tem sido largamente utilizada por pecuaristas no País nos últimos anos como uma boa estratégia para baratear os custos da engorda bovina.
Dentro do sistema de semiconfinamento, há, exemplos como confinamento expresso ou terminação intensiva a pasto (TIP) e recria intensiva a pasto (RIP).
“No final das contas tudo é semiconfinamento”, diz Vieira.
União de tecnologias no meio do pasto
O especialista ainda lembra que, além da utilização do pasto, como uma fonte de alimentação para o rebanho, o sistema ganha mais força com a integração de sistemas como a agricultura.
“Tem muitos agricultores que estão querendo migrar para a pecuária por conta dos benefícios da integração”, diz Vieira.
Estima-se que esse sistema faça a terminação de cerca de 7 milhões de bovinos todos os anos. O número é semelhante ao de bovinos confinados no País.
Os desafios do semiconfinamento de bovinos
O grande desafio para essa terminação de bovinos em área de pastagens está justamente no capim.
“O grande gargalo está no pasto. Temos cerca de 60 milhões de hectares de pastagens degradadas por falta de adubo”, diz o médico veterinário.
No entanto, tecnologia é o que não falta para driblar esse problema como o uso de biofertilizantes e demais insumos para tornar o solo forte, favorecendo o desenvolvimento de microrganismos que vão tornar mais acessível os nutrientes às pastagens.
“O biofertilizante é uma tecnologia sensacional por fazer a multiplicação de bactérias que tornam disponíveis o fósforo e potássio para as plantas”, diz.
Fonte: Giro do Boi.