O controle de vermes em bovinos não podem ser esquecidos com o fim da vacinação contra a febre aftosa em todo o País. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações para um bom calendário sanitário para a fazenda.
Vermes bovinos não podem ser esquecidos com o fim da vacinação contra aftosa
O alerta sobre os cuidados com verminoses no rebanho foi destaque no Giro do Boi desta quinta-feira, 19.
Quem explorou este assunto foi o médico veterinário e doutor em ciência animal Guilherme Moura, gerente de serviços técnicos de bovinos e equinos da Vetoquinol Saúde Animal.
“Não podemos esquecer que os custos sanitários são bem baixos comparados aos demais numa fazenda de bovinos de corte. Variam de 1,5% a 2%”, diz Moura.
É importante que os produtores tenham um calendário sanitário bem estabelecido para poder ter o melhor desempenho de engorda dos animais.
Calor e umidade favorece vermes em fazendas
Essa época, por exemplo, com maior chuvas e temperaturas elevadas, favorece a multiplicação de vermes e demais parasitos que afetam os bovinos de corte.
“O ciclo do carrapato, por exemplo, pode sair de 21 dias para sete dias e com uma multiplicação de gerações cada vez mais rápida”, diz Moura.
A fêmea desse parasito pode botar de dois mil a três mil ovos. Isso significa que desse novo número de novas fêmeas também vão botar esse nova média de ovos.
“É um crescimento exponencial se não houver um controle adequado na fazenda”, diz o especialista da Vetoquinol.
Adoção de um calendário sanitário adequado
O controle de vermes passa a ser estratégico para garantir o desempenho do gado. Além de parasitos como os carrapatos, também estão a mosca-dos-chifres, berne, e demais endo e ectoparasitos.
O calendário deve contemplar também vacinações importantes contra a raiva, dependendo da região, e a brucelose, que é obrigatória em fêmeas de três a seis meses de idade.
Curso negro ou eimeriose: saiba como tratar
O médico veterinário também fez um alerta sobre o controle da doença curso negro que também é conhecida por eimeriose bovina.
“É uma doença causada por um protozoário. Ele infecta o intestino do bovino e gera essa diarreia com esse curso negro”, diz Moura.
A transmissão da eimeriose ocorre através da ingestão de alimento ou água contaminados ou pela lambedura de baias e outros animais, atitude que é frequente em bezerros.
Há diversos tratamentos no mercado, segundo Moura, no entanto, eles têm de ser aplicados em paralelo ao próprio tratamento de verminoses na fazenda.
Confira a entrevista na íntegra no vídeo acima para poder estabelecer um calendário sanitário para a fazenda.
Fonte: Giro do Boi.